Jornal Cândido revisita obra de Carlos Drummond de Andrade

candido-interna-muitoparanaA edição de abril do Cândido, jornal mensal editada pela Biblioteca Pública do Paraná, traz como destaque um especial sobre a obra de Carlos Drummond de Andrade (1902-1987). No ano em que se completam três décadas da morte do autor, o jornal discute a presença do poeta no imaginário nacional, seus temas, linguagem e repercussão no meio acadêmico.
Uma reportagem apresenta as principais características da produção do mineiro nascido em Itabira e radicado no Rio de Janeiro. Drummond foi reconhecido em vida, inclusive por pessoas que não leem poesia, devido à sua atuação como cronista. “O que ele produziu é incontornável para quem se proponha a viver do texto. Os 30 anos de sua morte e as leituras que se renovam indicam isso. Ele segue vivo”, afirma o professor da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) Wilson Alves-Bezerra.
O especial conta com um ensaio inédito do professor da Universidade de São Paulo (USP) Luiz Roncari, em que o estudioso explica como os livros A rosa do povo (1945) e Claro enigma (1951) formam um par que se complementa e, em sua opinião, representam o ápice da escrita do autor. E a equipe do Cândido apresenta seis livros essenciais de e sobre a produção durmmondiana.
Outro destaque é a entrevista com Ruy Castro, primeiro convidado de 2017 do projeto Um escritor na Biblioteca. A edição traz os melhores momentos do bate-papo, mediado por Omar Godoy, com o jornalista e biógrafo, autor de títulos como Chega de saudade: a história e as histórias da Bossa Nova (1990) e O anjo pornográfico (1992), sobre a trajetória de Nelson Rodrigues.
Uma reportagem, de Luis Izalberti, explica o que é o projeto Mesmas coisas, que transpõe para a linguagem das artes cênicas um texto inédito de Manoel Carlos Karam (1947-2007). A seção Perfil do Leitor revela as preferências literárias do cartunista Arnaldo Branco. E o fotógrafo Arnaldo Belotto mostra o seu trabalho autoral na seção Cliques em Curitiba.
Entre os inéditos, fragmentos de Mesmas coisas, de Karam, contos de Maurício de Almeida e Ronaldo Cagiano e um poema de Marcelo Ariel.

Leave A Comment

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *