Alceo Bocchino

Concerto vai homenagear 100 anos de Alceo Bocchino

A Orquestra Sinfônica do Paraná vai homenagear o compositor curitibano Alceo Bocchino, fundador e maestro emérito da OSP. A reverência será neste domingo, dia 28, às 10h30, no Teatro Guaíra (R. Conselheiro Laurindo, S/N – Curitiba/PR), com o concerto Bocchino 100. A apresentação terá a regência do chileno Victor Hugo Toro, maestro convidado.

A entrada será gratuita e não terá distribuição de ingressos antecipada ou lugares marcados. As portas do teatro abrirão às 9h30 para a entrada do público.

Na programação, será apresentada uma sinfonia composta pelo maestro em 2000 e dedicada à Orquestra. É uma homenagem à história e ritmos da Lapa. Também estão a Suíte Miniatura, uma obra inspirada nos brinquedos infantis e que foi gravada em CD pela Orquestra Sinfônica em 1999, e a Seresta Suburbana para Orquestra de Cordas, as duas obras também foram composta por Alceo Bocchino.

“Bocchino é nosso maestro emérito e fundador. Não podíamos deixá-lo de fora do programa da temporada no ano do seu centésimo aniversário”, disse o atual maestro-titular Stefan Geiger.

Victor Hugo Toro é o atual maestro principal da Orquestra Sinfônica de Campinas, tendo passagem pela Orquestra Sinfônica do Sodre, no Uruguai; e pela Osesp, de São Paulo.

Sobre a OSP: https://www.teatroguaira.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=1

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Foto: Karin van der Broocke/Teatro Guaira

Alceo Bocchino

Alceo Ariosto Bocchino nasceu em Curitiba, no Paraná, em 30 de novembro de 1918. Teve participações em festivais, em sua cidade natal, desde os cinco anos de idade, como pianista. Mais tarde, estudou com João Peck. Graduou-se no Conservatório Paranaense de Música. Ainda em seu estado natal formou-se em Direito em 1939 e foi professor da Escola de Música e Belas Artes do Paraná. Transferiu-se para São Paulo, onde estudou com Dinorá de Carvalho, Eleazar de Carvalho e Camargo Guarnieri. Foi professor do Conservatório de Santos e pianista e arranjador das rádios Difusora, Tupi e Record.

Em 1946 se estabeleceu no Rio de Janeiro, onde estudou com Tomás Terán e Francisco Mignone. No mesmo ano foi contratado pela Rádio Mayrink Veiga para compor música incidental para programas e novelas. Trabalhou nas mesmas funções nas rádios Tupi e Nacional. Na Rádio MEC foi pianista do Trio formado com Ancelmo Zlatopolsky (violino) e Iberê Gomes Grosso (violoncelo), com o qual gravou inúmeras obras para a tradicional formação, com destaque para o repertório brasileiro.

Como regente foi titular das orquestras Sinfônica Brasileira (1959 a 1964) e Sinfônica Nacional (1964 a 1970). Foi maestro emérito da Orquestra Sinfônica do Paraná. Com a Sinfônica Nacional realizou inúmeras gravações para a Rádio MEC, com destaque para a série Música na Corte Brasileira, lançada pelo selo Angel/Odeon. Outra gravação importante foi a do Concerto Romântico e da Brasiliana no6, de Radamés Gnattali, com o próprio compositor como solista. Sua carreira internacional se desenvolveu em concertos com orquestras de Portugal, Espanha, Holanda, Bulgária e Estados Unidos.

Lecionou na Academia Lorenzo Fernandez e na Escola de Música Villa-Lobos, assim como nos Festivais Internacionais de Música do Paraná e nas Oficinas de Música de Curitiba. Recebeu o título de Cidadão Honorário da cidade do Rio de Janeiro e Cidadão Benemérito do Estado do Paraná.

De sua obra podemos destacar a Sinfonia “Um poema para Lapa” (2001), a Suíte Miniatura (1954), a Serenata Suburbana, a Suíte Brasileira, para violoncelo e piano, um Quarteto de cordas, canções e peças para piano solo.

Faleceu no Rio de Janeiro, em 7 de abril de 2013.

 

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