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Rusty Brown: Novo livro do quadrinista Chris Ware chega ao Brasil em 2020

O quadrinista norte-americano Chris Ware lançará seu novo livro Rusty Brown, no Brasil. Com tradução de Caetano W. Galindo, essa graphic novel será um dos principais lançamentos do selo Quadrinhos na Cia , em 2020.

Outra boa notícia para os fãs de Ware é a reimpressão de” Jimmy Corrigan – O Menino Mais Esperto do Mundo”, publicado no Brasil em 2009 e esgotado há vários anos. A reimpressão fica pronta para o próximo mês.

De acordo com Chris Ware, Rusty Brown, que será lançado nos Estados Unidos em setembro,“é a articulação 100% interativa, 100% colorida de inter-relações espaço-temporais entre seis consciências plenas em um só dia no meio-oeste norte-americano e a minúscula partícula humana que estas involuntariamente orbitam. Cumulação dispersa e especial, floco de neve das maiores temáticas e dos menores momentos da vida, Rusty Brown almeja, literária e literalmente, nada menos que a coalescência de um hemisfério de toda a existência em uma só história ilustrada com qualidade museica, disposta com a devida perícia a fim de apresentar a ilusão inefável, empática e convincente da experiência tanto a leitores curiosos quanto à vida humana quanto aos tradicionais fãs da realidade comum. Da infância à velhice, não há trama congelada que não degele na trama de contos de uma criança que desperta sem superpoderes, um adolescente que cresce e vira déspota paterno, um pai que guarda seus pesares na superfície do planeta Marte e uma mulher em fins de terceira idade que busca o amor de uma só pessoa no planeta Terra”. (tradução de Érico Assis)

Sobre a sua busca pela forma perfeita de contar uma história (e as possibilidades dos quadrinhos em colocar em cena os mecanismos da memória), Chris Ware disse, em entrevista ao jornalista Ramon Vitral:

“Eu cursei uma faculdade de artes, então acredito que tem sempre uma voz dentro da minha cabeça me incentivando a ir além ou a tentar fazer algo que nunca foi feito, mas não faço nada por fazer; faço para tentar alcançar as verdadeiras texturas e estruturas da realidade e da memória como eu as percebo. Acho que o potencial dos quadrinhos para capturar o fluxo e refluxo da consciência em toda sua complexidade visual e linguística foi muito pouco explorado, principalmente por eu achar que histórias em quadrinhos são por definição uma arte da memória. E eu tento expandir essa concepção em quase tudo o que faço,de preferência sem alienar o leitor durante esse processo. A utilidade desse meu esforço pode ser questionada, é claro. Quero genuinamente criar algo interessante, atraente e respeitável para o leitor. Há tantas outras mídias fáceis de serem engolidas por aí que acredito que nós cartunistas precisamos nos esforçar cada vez mais para competir – por falta de uma palavra mais esportiva. Acredito que é um tipo de situação desafiadora mas também saudável no fim das contas.”

Mais informações no Instagram: @quadrinhosnacia

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