De repente, os olhos ficam vermelhos, começam a coçar, lacrimejam e as pálpebras incham, o nariz entope e os espirros tornam-se frequentes. Está instalado um quadro comum na primavera: a rinoconjuntivite alérgica. A doença afeta cerca de 20% da população brasileira, mas os casos praticamente dobram nessa época do ano. “A incidência da alergia chega a ser 40% maior neste período de primavera”, explica a oftalmologista do Hospital CEMA, Ticiana Fujii. Porém, por que os casos de rinoconjuntivite e outras alergias aumentam tanto nesse período?
A principal responsável por esse aumento é a própria natureza. A presença de pólen das flores, das árvores e da grama, o tempo seco, o aumento do calor e a umidade favorecem, e muito, o aparecimento de alergias. Além disso, a presença de ácaros domésticos se intensifica nessa fase. Os sintomas são conhecidos: vermelhidão ocular, lacrimejamento, coceira nos olhos, inchaço nas pálpebras, coriza, espirro e obstrução nasal.
Pessoas com histórico de alergia são mais suscetíveis, mas a doença pode atingir qualquer um. Por isso, a especialista recomenda que o ambiente esteja sempre arejado e limpo – de preferência, passe pano úmido ao invés de utilizar vassoura na limpeza da casa. Sempre que possível, é recomendado evitar locais com aglomeração e lavar as mãos constantemente. É importante também não coçar os olhos. A principal forma de prevenir a doença é evitar os agentes causadores de alergia, como os descritos acima. O tratamento baseia-se na administração de colírio antialérgico e de corticoide prescrito pelo oftalmologista. A rinoconjuntivite alérgica não é uma doença contagiosa.