Nesta quarta-feira, dia 6 de fevereiro, foi comemorado o 80º aniversário de nascimento do irreverente cantor Jair Rodrigues. A data dá início à série de homenagens dos herdeiros Jair Oliveira e Luciana Mello ao artista e abre contagem regressiva pelo seu centenário em 2039, por meio de uma série de lançamentos. Para este ano, as novidades incluem produção de dois documentários biográficos inéditos e shows.
Produzido por Confeitaria de Cinema com direção de Rubens Rewald, ‘Deixa que Digam’ vai narrar as características marcantes de um dos mais importantes cantores da história da música brasileira. Do sorriso franco à alegria contagiante, do samba à MPB, do rap ao sertanejo, a obra mostrará a popularidade de um dos mais versáteis e anárquicos intérpretes brasileiros. O documentário encontra-se em fase de filmagens e inclui entrevistas de Jair Oliveira e Luciana Mello.
‘Jairzão – O Documentário’ pretende resgatar a trajetória do artista retratado, por meio do olhar dos filhos Luciana Mello e Jair Oliveira. O filme acompanhará as origens familiares desde Igarapava, no interior paulista onde nasceu, até a chegada à capital São Paulo, que culminou no sucesso pessoal e profissional. O início das filmagens estão previstas para o primeiro semestre deste ano.
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Mais sobre Jair Rodrigues: https://www.redetv.uol.com.br/jornalismo/marianagodoyentrevista/videos/ultimos-programas/luciana-mello-homenageia-jair-rodrigues-em-documentario-para-este-ano
Jair Rodrigues
Jair Rodrigues de Oliveira (Igarapava, 6 de fevereiro de 1939 — Cotia, 8 de maio de 2014) foi um cantor brasileiro. É considerado por muitos, o primeiro rapper brasileiro. Ele conseguiu o status de precursor do gênero por ter lançado, ainda nos anos 1960, “Deixa isso pra lá”. Com versos mais declamados (ou falados) do que cantados, a música se tornou um de seus principais sucessos. A faixa ganhou popularidade também graças à sua coreografia com as mãos.
A carreira musical de Jair Rodrigues começou quando ele se tornou crooner no meio dos anos 50 na cidade de São Carlos,[2] lá chegando em 1954 e participando da noite são-carlense,[3] que era intensa na época, também com participações na Rádio São Carlos como calouro e com apresentações, vivendo intensamente nessa cidade até o fim da década.
Em 1958 Jair Rodrigues prestou o serviço militar no Tiro de Guerra de São Carlos, como Soldado Atirador nº 134, que na época era denominado TG 02-043.[4]
No início da década de 60, ele foi tentar o sucesso na capital do estado e acabou por participar de programas de calouros na televisão. Com o lançamento do primeiro LP, O samba como ele é, em 1964, fez algum sucesso com o samba O morro não tem vez, de Tom Jobim e Vinicius de Moraes. Porém, foi cantando em boates o samba Deixa isso pra lá, de Alberto Paz e Edson Menezes, que ele conseguiu um grande sucesso e gravou o seu segundo LP, O samba como ele é, ainda em 1964.[5] Em 1965, Elis Regina e Jair Rodrigues fizeram muito sucesso com sua parceria em O Fino da Bossa, programa da TV Record.[2]
Em 1966, o cantor participou e venceu o II Festival da Música Popular Brasileira, de 1966, com a canção Disparada, de Geraldo Vandré e Théo de Barros,[2] empatando com a música A Banda, de Chico Buarque. Conhecido por cantar sambas, Jair surpreendeu o público com uma linda interpretação da canção Disparada. A partir daquele momento, sua carreira decolou e seu talento assegurou décadas de sucesso ao cantor. Nesse período, o artista realizou turnês por Europa, Estados Unidos e Japão.
Em 1971, gravou o samba-enredo Festa para um Rei Negro, da Acadêmicos do Salgueiro, do Rio de Janeiro. Jair interpretou ainda sucessos sertanejos como O Menino da Porteira, Boi da Cara Preta e Majestade o Sabiá. Nas décadas seguintes, sua produção diminuiu de volume. Entretanto, Jair Rodrigues continuaria conhecido por sua grande energia e sua alegria contagiante.