O brasileiro agora trata futebol como política e política como futebol. Uma inversão de perspectiva curiosa. Antes as convocações da Seleção Brasileira causavam discussões, indagávamos escalações, ficavámos indignados com os resultados e agora não damos a mínima para o esquadrão canarinho de Dunga – simplesmente aceitamos. Atualmente na política torcemos avidamente para os partidos, trocamos acusações, vestimos cores, mostramos a nossa pseudo inteligência disfarçada de ignorância histórica, ficamos nervosos e indignados com decisões judiciais. Pura chatice. Bons tempos eram aqueles em que a indefinição da dupla de Romário no ataque nos tirava o sono.