Por Anderson de Souza
Aprendi no colégio menonita em que estudei, que a plenitude da liberdade de Jesus Cristo é estendida para todos os seres humanos; inclusive ele morreu por todos (sim! Sou Arminiano neste quesito).
Qualquer um pode acreditar na expiação parcial calvinista, na tal “geração eleita”, o arbítrio é mais uma bênção que Cristo concedeu a humanidade. No entanto, alguns atuais “eleitos” brasileiros, formada em sua grande parte por evangélicos pentecostais e neo-pentecostais, fazem do seu entendimento de salvação e de sua crença uma verdade absoluta onde os principais inimigos são as religiões de matriz africana; mas que inclui o catolicismo, mormonismo e adventismo e por aí vai.
O candomblé e a umbanda sempre foram perseguidas na história do Brasil. Sempre foram demonizados, hostilizados e perseguidos pela Igreja Católica. Muitas pessoas morreram por causa dessa intolerância religiosa em nosso País. Agora, os novos perseguidores brasileiros – que já foram acuados no passado – querem subjulgar os “macumbeiros” como são chamados pejorativamente. Ferir a liberdade desses é desconhecer a mensagem de amor do Evangelho. Pura contradição. Não duvido que em breve isso pode terminar novamente com a morte de alguns. O que seria triste e diabólico.
Atitudes em redes sociais e nas ruas tupiniquins, ultimamente noticiadas pela imprensa, só estão demonstrando que a tal liberdade pela qual Cristo morreu é conhecida, não entendida, mais ou menos pregada e não vivida por muitos “escolhidos”. Ter a liberdade de acreditar no Deus que você quiser, ou não acreditar em nada, é um dos pilares da democracia; sistema esse que foi planejado por pensadores e intelectuais cristãos europeus. É bom lembrar que isso fere os conceitos de direitos humanos que foram escritos tendo como base o Evangelho. Está tudo documentado, basta leitura (*).
Que Deus é um só, acho que muitos concordam, o grande embate é nome pelo qual deve ser chamado. Uma coisa eu tenho certeza, Ele não aprova preconceito, ódio e violência.
Para ler
(*) Ler sobre Édito de Milão (313 d.C.)
(*) LIBERDADE RELIGIOSA NO BRASIL E SUA FUNDAMENTAÇÃO CONSTITUCIONAL – https://bit.ly/12Q8AGE
(*) A Carta Magna (1215) – https://bit.ly/1MOXvXS