A banda carioca sempre foi cultuada por sua música, mas o telão foi o grande diferencial da noite
Texto Anderson de Souza
Fotos por Carla Alves e Silva
Avaliação: ✪✪✪
As apresentações do Los Hermanos sempre foram belas pelo repertório vasto de verdadeiros hinos do rock independente feito no Brasil. Nunca tiveram cara de um super espetáculo. Isso mudou. A grande sacada, na última sexta, dia 16 de outubro, na Pedreira Paulo Leminski, em Curitiba (PR), foi o telão de LED de 26 metros, ocupando o fundo e as laterais do palco.
O grande telão de alta definição foi mapeado com 20 câmeras controlados de maneira que o telespectador praticamente vê a banda em 360 graus. Isso deu outro aspecto e outra visão sobre uma banda que até então não usava esse tipo de recurso tão high-tech. As músicas ficaram até mesmo maiores do que já são, num público que são mais do que fãs, são verdadeiros devotos histéricos.
O Los Hermanos está mostrando que ainda pode fazer um show relevante e interessante. Um dos pontos positivos foi a animação dos integrantes na Pedreira – muito diferente do que foi visto na apresentação anterior do festival Lupaluna, em 2012, também na capital paranaense. Os Hermanos podem até parar e nunca mais voltar com esse projeto no formato de banda, já que seus integrantes – pelo menos Camelo e Amarante – levam uma carreira solo firme e sólida. O fã antigo pode até sentir falta de novas canções ou até mesmo de um novo disco. Os que nunca viram podem até achar que os telões para este show foram um mero recurso cênico desenvolvido pelos competentes engenheiros e artistas da empresa catalã Emotique MediaFlow. Pode achar qualquer coisa, menos que foi um show ruim ou médio. Foi uma apresentação com algo novo e o público agradece.
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