Cordel do Fogo Encantado anuncia retorno com novo disco

A banda pernambucana Cordel do Fogo Encantado volta depois de oito anos. Lirinha (voz e pandeiro), Clayton Barros (violão e voz), Emerson Calado (percussão e voz), Nego Henrique (percussão e voz) e Rafa Almeida (percussão e voz) anunciam o lançamento do quarto disco para o dia 6 de abril e em breve serão divulgadas as datas dos shows.
Além disso, a partir de hoje, o público poderá conferir os três álbuns da grupo em todas as plataformas de streaming, a discografia completa foi remasterizada. São eles: Cordel do Fogo Encantado (2001), produzido por Naná Vasconcelos, O Palhaço do Circo Sem Futuro (2002), co-produzido pelos próprios integrantes e por Buguinha Dub e Ricardo Bolognine e Transfiguração (2006) produzido por Carlos Eduardo Miranda e Gustavo Lenza.

Cordel do Fogo Encantado
Capa novo disco “Viagem ao Coração do Sol”

Novo disco

Com o título de “Viagem ao Coração do Sol”, o quarto álbum do grupo, produzido por Fernando Catatau, vai apresentar ao público canções que ficaram guardadas e outras que foram compostas no último ano. “Fizemos uma opção estética de não sermos um grupo de releitura ou de glorificação do passado. As novas letras vão dialogar com os sentimentos humanos, com aquilo que nos cerca. Já musicalmente, o Cordel mantém a característica de sempre surpreender”, diz Lirinha. Informações: [cordeldofogoencantado.com.br].

Cordel do Fogo Encantado

No ano 1997, em Arcoverde, sertão de Pernambuco, no Nordeste brasileiro, surgiu um grupo cênico-musical, compartilhando o teatro e a poesia oral e escrita dos cantadores e ritmos afro-indígenas da região. E, dessa mistura, nasceu o espetáculo: Cordel do Fogo Encantado.
Cordel é sinônimo de história de um povo em forma de poesia. Enquanto, Fogo é o elemento mais representativo do lugar de origem e da intenção músico-poética inconstante e mutável do grupo. Já Encantado ressalta a visão fantástica e profética dos mistérios entre o céu e a terra.
Por dois anos, o espetáculo, sucesso de público, percorreu o interior pernambucano.
No carnaval de 1999, o Cordel se apresentou no Festival Rec-Beat, em Recife, e adaptou a narrativa do Fogo Encantado aos palcos de rua. Nisso, a estreia no carnaval pernambucano chamou a atenção da crítica, e o que era, até então, sucesso regional, ultrapassou as fronteiras, ganhando visibilidade em outros estados e a condição de revelação da música brasileira.
Foi quando a banda consolidou sua formação definitiva com os arcoverdenses José Paes de Lira (Lirinha), Clayton Barros e Emerson Calado, e os percussionistas recifenses, Nego Henrique e Rafael Almeida (do Morro da Conceição).
Através da poesia de Lirinha, a força do violão de Clayton, a referência rock de Emerson e o peso da levada dos tambores dos ogãs Rafa e Nego Henrique, o Cordel do Fogo Encantado passou a percorrer o país, conquistando a todos com suas apresentações únicas e antológicas. Surpreendendo não somente, pela ousada mistura sonora, mas também, pela intensidade cênica de seus integrantes e os requintes de um projeto de iluminação e cenário.
Em 2001, com a produção musical de Naná Vasconcelos, o grupo lançou seu primeiro álbum: Cordel do Fogo Encantado. A evolução artística ampliou ainda mais o alcance do som da banda que, atuando de forma independente, por onde passava, ganhava mais público e atenção da mídia.
Em 2003, o grupo lançou seu segundo registro de estúdio: O Palhaço do Circo Sem Futuro, co-produzido pelos próprios integrantes e por Buguinha Dub e Ricardo Bolognine. O álbum foi considerado pela crítica especializada um dos mais inventivos trabalhos musicais produzidos nos últimos anos. Em turnê, seu show ganhou projeção internacional, com apresentações na Bélgica, Alemanha, França e Portugal.
Em outubro de 2003, o Cordel do Fogo Encantado lançou o DVD “MTV Apresenta”, o primeiro registro audiovisual da banda. “Transfiguração”, terceiro álbum, lançado em setembro de 2006, com produção de Carlos Eduardo Miranda e Gustavo Lenza, e mixagem de Scotty Hard, vem transformar, ainda mais, a linha tênue entre poesia, artes cênicas e música, firmando o Cordel do Fogo Encantado como um dos grupos mais representativos no cenário da música independente nacional.
Entre os prêmios conquistados pelo grupo estão o de banda revelação pela APCA (2001), melhor grupo nacional pelo BR-Rival (2002), Caras (2002), TIM (2003), Qualidade Brasil (2003), bicampeonato do prêmio Hangar (2002 e 2003) e APCA, como melhor compositor nacional, Lirinha (2006).
No cinema, a banda participou do filme de Cacá Diegues, Deus é Brasileiro, e do documentário O Homem que Engarrafava Nuvens, de Lírio Ferreira.Em fevereiro de 2010, após 13 anos de trabalho ininterrupto, a banda anunciou a paralisação de suas atividades.
No início de 2017, o Cordel do Fogo Encantado voltou a se reunir para a criação de um novo disco, que será lançado em abril de 2018, e turnê, que dará início logo em seguida.
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Foto: Tiago Calazans
 

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