A presidente afastada Dilma Rousseff quando adotou a “nova matriz econômica”, acelerando medidas anticíclicas adotadas no final do governo Lula, tinha como principal objetivo segurar a recessão. Ela caiu na armadilha da obsessão pelo crescimento, elevando gastos em áreas “primordiais” como a construção civil, isenções fiscais para vários setores da economia e abriu mão de arrecadação. A tentativa não deu certo. Outro fator que colaborou para a crise brasileira foi a depressão financeira em vários países da zona do euro, o fim do que chamam de “superciclo das commodities” e o esfriamento da economia interna. Agora no governo Temer, com Henrique Meirelles a frente do Ministério da Fazenda, as principais medidas que deverão ser adotadas são: superávit primário, metas de inflação, câmbio flutuante, cortes de gastos, criação de novo imposto, privatização de estatais, reforma previdenciária e reforma tributária. Será doloroso e uma dura missão para um governo que não foi eleito nas urnas.
Por Anderson de Souza