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Posted on 01/07/2025

O homem, este ser “des” humano, tem dentro de si as sementes do mal assim como as do bem, das quais cuida, alimenta e deixa florescer. O orgulho e a necessidade de poder têm, desde sempre, levado este ser a guerras de todos os tipos: desde as privadas, seja consigo mesmo, ou dentro das próprias famílias – que nos diga Júlio César, dentre tantos outros imperadores – até os inúmeros feminicídios dos dias de hoje, que não podemos esquecer. Parece que nem o paraíso foi suficiente para deter o nosso personagem em questão, que sempre querendo mais do que o que lhe foi concedido, acabou tendo que lutar pela própria vida.

 

"Detalhe do Vaso de Míconos" - cerâmica - uma das mais antigas representações do Cavalo de Troia - sec.VIII a.C. - Museu Arqueológico de Míconos, Grécia.
“Detalhe do Vaso de Míconos” – cerâmica – uma das mais antigas representações do Cavalo de Troia – sec.VIII a.C. – Museu Arqueológico de Míconos, Grécia.

Assim como o amor, que gera a vida, o homem faz a guerra e tenta explicá-la das maneiras mais diversas. Na mitologia grega, como na Odisseia e Ilíada de Homero, a linda Helena, filha de Zeus e casada com o rei de Esparta, Menelau, é fruto da cobiça de Páris, o príncipe de Troia que a rapta, gerando assim a guerra que durou dez anos e destruiu Troia. O famoso cavalo, construído pelos gregos e oferecido como presente aos troianos, carregava em seu interior os soldados gregos que, finalmente, conseguiram penetrar na cidade, que era muito bem protegida, e arrasar com seus inimigos, tem sido um tema muito retratado nas artes.

Na época dos grandes descobrimentos, os navegadores contratados pelos reis para novas descobertas ou comércio, penetravam os territórios onde aportavam, passando a chamá-los de seus, de suas descobertas, invadindo, matando e roubando os povos locais. A história, que é sempre contada pelo vencedor e pelo dominador, mal pode ser imaginada de outra maneira, de como seria se fosse contada pelos povos originários conquistados e escravizados. No Brasil, um dos exemplos foi a revolta dos Tamoios, acontecida na baía de Guanabara, entre os Tamoios e os Temiminós, que eram aliados dos portugueses, e que é aqui retratada na gravura de Theodoro de Bry (1557), reprodução retirada do livro “Duas viagens ao Brasil”, de Hans Staden.

 

“Batalha entre indígenas” – reprodução da gravura de Theodoro de Bry – 1557- do livro duas Viagens ao Brasil de Hans Staden.

Käthe Kollwitz (1867-1945) relata os horrores e o sofrimento pós primeira guerra mundial em seus desenhos e gravuras. A artista alemã expressa, quase sempre em preto e branco, com grande expressividade em poucos traços, a miséria, a fome e a morte. Fala das perdas e do desespero gerado pela guerra. O nosso Museu de Arte Contemporânea do Paraná possui, em seu acervo, uma gravura original da artista.

Otto Dix (1891-1969), pintor expressionista, também alemão, veterano da primeira guerra mundial, tempo em que lutou por seu país, foi várias vezes ferido e até condecorado. Ele retrata, em muitas cores, diferentemente de Kollwitz, o mesmo tema das misérias do pós-guerra, principalmente tendo se revoltando contra a maneira como os ex-soldados feridos eram tratados pela Alemanha. Tutor de arte na Academia de Dresden, foi demitido por Hitler e feito prisioneiro, sendo que várias de suas obras foram destruídas naquela época.

 

“As Mães”- Käthe Kollwitz- xilogravura – 1921/22 – da série “Guerra”.

Hoje, diferentemente daqueles tempos, vivemos as guerras assistidas pelos noticiários em imagens reais. Não temos nenhuma esperança que os conflitos bélicos deixem de existir. O que nos aterroriza, ainda mais, é o fato de que tendo deixado os “campos de batalha” lá longe, em campos distantes das cidades, onde um grupo de soldados atirava e matava o outro grupo, as guerras passaram a acontecer por todo o planeta, descortinando possibilidades de destruição inimagináveis.

Os representantes dos povos, eleitos ou não, seguem na sua luta pelo poder, buscando o aumento de seus territórios ou riquezas, ignorando a fragilidade do nosso pequeno planeta que poderia, quem sabe… ser um paraíso, caso optássemos por semear e cultivar o bem, com carinho, em detrimento do mal. Pobres de nós, homens, tão insignificantes diante das maravilhas da natureza de nosso pequeno planeta Terra que, particularmente hoje em dia, trilhamos um caminho sujeito às constantes ameaças da auto destruição.

(Ilustração de abertura: “Guerra” – Otto Dix 1932- tempera sobre madeira – painel central 204×204 cm, laterais (204x102cm) – Museu de Belas Artes de Dresden, Alemanha.)

Leia outras colunas da Elizabeth Titton aqui.

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